Nosso primeiro contato com o Ford Territory
A Ford já anunciou que passará a concentrar todos os seus esforços no lançamento de SUVs e picapes, deixando de lado sedãs, wagons e cupês, claro que com exceções, como o Mustang. Nessa disputa por cada centímetro de mercado, a marca inaugurou uma opção diferente com o Territory: a de modelos de origem chinesa. Por conta da disponibilidade da montadora, AUTO&TÉCNICA fez uma rápida avaliação do Territory, aguardando a chegada de uma unidade para avaliação mais completa. Mas é sempre importante levar aos leitores nossas impressões.
Texto e fotos: Marcos Cesar Silva
O novo SUV Ford é derivado do chinês JMC Yusheng S330, fabricado em Xiaolan, na China, pela própria JMC. Algo contra? Nada. O Territory é uma boa surresa. Se você observar cm atenção, vai encontrar inscrições em mandarim em diversos componentes. A única similariade com os Ford vendidos aqui pela marca é o emblema…
A Ford informou que o Territory vendido aqui recebeu mudanças nas buchas da suspensão e amortecedores, pneus menos ruidosos (235/50-18) e melhorias no isolamento acústico. De acordo com a marca, o desenvolvimento do Territory consumiu cerca de 100 mil km de testes e 10 mil horas de validações no Brasil.
O motor do novo Territory é excelente: 1.5 turbo EcoBoost, com injeção direta de combustível, intercooler e comando de válvulas variáveis. Só disponível a gasolina, tem 150 cv de potência máxima a 5.300 rpm e 22,9 mkgf de torque máximo entre 1.500 e 4.000 rpm. O câmbio é automático CVT (da Punch Powertrain), com oito marchas simuladas e tração apenas dianteira.
O Territory tem 4.580 mm de comprimento, 1.936 mm de largura, 1.674 mm de altura e 2.716 mm de distância entre-eixos.
Nossa curiosidade era saber como andava o novo SUV. A potência e torque apresentam bons números, mas os pouco mais de 1.600 kg de peso inibem qualquer pretensão de esportividade que, verdade seja dita, não é a proposta do modelo
Mesmo assim, as respostas em acelerações e retomadas agradam para o porte do Territory. De acordo com dados de fábrica, a aceleração de zero a 100 km/h é feita em 11,8 segundos e velocidade máxima é de 180 km/h, limitada eletronicamente.
O ajuste de suspensão privilegia o conforto, com ótima absorção de imperfeições do piso. A direção, assistida eletricamente, é leve em manobras e apresenta peso correto em velocidade mais elevada.
Os materiais usados no acabamento são excelentes, diferente de muits carros chineses. O couro de boa qualidade é aplicado nos bancos, painel e portas, e os encaixes do painel são corretos. A iluminação ambiente é personalizável e tem sete cores, o que reforça a percepção de bom acabamento. Os ocupantes do banco traseiro têm tomada USB e saída de ventilação.
Observamos que o trabalho com materiais fonoabsorventes foi bem feito e é um dos maiores destaques do SUV da Ford. No Territory, chama atenção a baixa entrada de ruído do motor na cabine.
O espaço para os ocupantes é bom, em especial na traseira. No porta-malas, a capacidade é de 348 litros.
A central multimídia tem tela de 10,1 polegadas com conexão sem fio de Apple CarPlay ou Android Auto via cabo. A tela permite personalização, destacando as informações escolhidas pelo motorista.
Outra novidade é o serviço “FordPass Connect”, onde por meio do roteador embarcado de internet 4G, o SUV tem serviços conectados. Usando o aplicativo específico, é possível travar e destravar portas, dar partida remota, acionar a climatização, checar combustível ou a pressão dos pneus na tela do smartphone. Também permite agendar -online- revisões, pela tela do multimídia. Os primeiros compradores terão um ano gratuito do FordPass Connect, e o fornecimento da internet (com SIM Card 4G) é oferecido em parceria com a Tim.
O Territory está disponível em duas versões, SEL, que custa R$ 179.900 e Titanium (a avaliada), por R$ 197.900. A SEL traz de faróis e luzes diurnas com LEDs, teto solar panorâmico, central multimídia com tela de 10,1 polegadas, ar-condicionado digital, rodas de 17 polegadas, sensores de estacionamento traseiros, controles de estabilidade e tração, assistente de saída em rampas, seis airbags, câmera de ré e chave presencial.
A Titanium acrescenta frenagem autônoma de emergência, cruise control adaptativo com função Stop/Go, monitoramento de pontos cegos, alerta de troca involuntária de faixa, rodas de 18 polegadas, carregamento de celular sem fio, bancos em couro claro com aquecimento e ventilação nos dianteiros, retrovisores rebatíveis, quadro de instrumentos digital, sensores de estacionamento dianteiros, câmeras 360°, ajustes elétricos no banco do motorista, iluminação ambiente por LEDs e sensor de chuva, entre outros recursos.
Segundo a Ford, o consumo do Territory (padrão do Inmetro) é de 9,2 km/litro na cidade e 10 km/l, na estrada. Com tanque de combustível de 52 litros, a autonomia é 499 quilômetros.