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TEST DRIVE: Chevrolet Equinox Premier

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O SUV mais comentado do momento é o Chevrolet Equinox. Depois da rápida avaliação que fizemos no lançamento do modelo, no final do ano passado —quando rodamos cerca de 200 km por estradas do Interior de São Paulo- chegou a hora de termos um envolvimento, digamos, mais intimo com a novidade. No atual cenário brasileiro de preços altos, ele se encaixou muito bem.

A versão avaliada, a top de linha Premier AWD, aumentou um pouco preço de lá para cá, e sai por R$ 155.990. Esse valor pode crescer até cerca de R$ 2 mil, por conta da cor escolhida; não há opcionais. Existe ainda a versão LT, com o mesmo motor mas despojada de alguns equipamentos, por R$ 137.490

Feita no México, o Equinox se enquadra na linha Chevrolet entre o pequeno Tracker e o grandalhão Trailblazer, com proposta bem diferente dos dois modelos. A receita de seu sucesso? Oferecer como nenhum outro SUV tanto pelo que custa, o famoso custo/beneficio. E nessa ele deixa para trás, fácil, concorrentes como Honda CR-V, Audi Q3, Peugeot 3008, Jeep Compass e outros.

O melhor de tudo neste modelo está escondido debaixo do capô. Trata-se do motor cheio de disposição, Ecotec 2.0 de quatro cilindros em linha, turbo e só movido a gasolina. Dele saem espertíssimos 262 cv de potência máxima e 37 mkgf de torque também máximo, tudo bem  distribuído desde as rotações mais baixas, mantendo a disposição em qualquer situação. Este belo motor está acoplado a uma nova caixa de câmbio automática de nove  marchas da GM, com funcionamento tão suave quanto uma caixa Dynaflow usada nos Buick 1948: sempre suave e precisa.

O Equinox não é exatamente um primor de desenho, e seu ponto mais fraco nesse quesito é o 3/4 traseiro; de resto, segue os Chevrolet atuais. Não é um desenho que seduza a todos, mas impressiona no meio do trânsito e o estilo acaba sendo relegado quando se está ao volante. Questão de gosto pessoal, pois encontramos pessoas maravilhadas com o desenho do Equinox.

O conforto é outro destaque, não só para quem dirige, mas também para quem é passageiro. Mesmo atrás é possível acomodar bem três passageiros. O foco desse tipo de carro são famílias com filhos, e ele é perfeito nesses casos. O porta-malas tem 468 litros de capacidade, o que não chega a ser fenomenal mas é suficiente. Tem o assoalho um pouco alto e um compartimento sob ele para objetos menores; e abaixo disso, está acomodado um estepe de uso temporário.

 

Rodando com o SUV, de cara chama atenção o perfeito casamento da dupla motor/câmbio, em qualquer situação. Não há trancos quando se dirige tranquilamente ou mesmo quando se busca alguma esportividade; as subidas e descidas de marcha são pouco notadas. Há ainda a possibilidade de usar a tração integral, ou AWD, bastando acionar um botão no console; a tração padrão é a dianteira.

A Equinox é calçada com rodas aro 19 e pneus 235/50, excelentes no asfalto. E na terra ou piso enlameado, quando eles chegarem ao limite de aderência, aí sim é a hora de acionar o 4×4. O sistema 4×4 pode ser ligado a qualquer velocidade. Funciona variando a distribuição de torque em cada roda de maneira individual e entre os dois eixos, graças ao uso de diferencial central. Como dissemos, deve ser usado realmente quando necessário, pois acionar o 4×4 no dia a dia significará apenas desperdiçar gasolina, o que é péssimo negócio em época de combustível muito caro.

 
 

Mas dá para ter alguma esportividade num SUV? O Equinox é exemplo de que sim, dá para brincar, mas tudo sob a batuta da eletrônica. Com controle de tração e de estabilidade, a carroceria alta (1.695 mm) e o peso (1.693 kg) não atrapalham em nada. Pode abusar do acelerador, que a eletrônica mantém tudo sutilmente sob controle. 

 


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