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VEM AÍ O CITROËN CACTUS, O ANTI-VIZINHOS

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aO Cactus será a grande surpresa da Citroën para o Salão de Frankfurt, e estará à venda no mercado europeu em fevereiro de 2014. Uma das novidades são os protetores laterais, que ajudam a contornar os problemas com vizinhos malcriados, que insistem em bater as portas no seu carro. As fotos divulgadas pela marca tratam o modelo como Cactus, mas quando chegar às lojas passará a ser chamado de C4 Cactus, vendido ao lado do C4 Picasso. E sabe-se que o modelo terá diversas variações, e se for bem aceito, poderá substituir alguns modelos convencionais da linha Citroën.

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“Hoje, o C4 tem ainda muitos anos pela frente em termos de ciclo de produto, e assim temos bastante tempo para avaliar a aceitação da linha Cactus. Porém, os nossos estudos garantem que será um enorme sucesso de vendas. Decidimos desenvolver uma linha de carros que será adorada por uns e detestada por outros, o que é uma boa maneira de tentar ficar na média e agradar um mercado que está saturado”, explicou Frederic Banzet, chefão da Citroën.

dO Cactus tem 4,21 metros de comprimento, 1,74 m de largura e 1,53 m de altura, com distância em relação ao solo de 21 centímetros. Acredita-se que apesar desta elevada altura, que pode esconder uma versão de tração integral, a plataforma será a EMP2. O protótipo não tem colunas B ou janelas laterais traseiras, mas essas são algumas das poucas modificações para o carro de série, ou seja, o modelo de produção tem esses detalhes.

cSegundo Mark Lloyd, responsável pelo desenho do Cactus e o homem que ajudou a criar o enorme sucesso da linha DS, “pensamos que faltam linguagens de estilo que possam se estabelecer como estilo-padrão. Queremos reduzir a complexidade da convivência com o automóvel e fazer a interação com o carro menos enervante. Simplicidade e elegância são os objetivos. A Citroën deve ser inovação e bem estar, e este carro apresenta isso mesmo”!

eLoyd vai além, afirmando que “existem os protótipos que são apenas espetaculares, mas no nosso caso, eles têm objetivos e nada neles é supérfluo. Podemos reconhecer, claramente, o modelo de produção neste conceito”, concluiu.

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A Citroën descreve o Cactus como “atacar o supérfluo”, mas deixa bem claro que esta nova linha não é uma futura marca para rivalizar com a “low cost” Dacia, da Renault. O novo estilo e visual dos modelos Cactus servirão para recuperar consumidores que gostam das tradicionais características da Citroën, como mais conforto e estilo mesmo com aumento de preço em relação ao C4.

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No interior, destaca-se um novo projeto, que inclui comandos totalmente digitais alojados num painel estreito com duas telas separadas, bancos dianteiros e traseiros no estilo “sofá” e materiais naturais em todas as superfícies. A tela central com oito polegadas e touchscreen é usada para comandar todas as funções do veículo.

Para ajudar a melhorar o espaço interno para os ocupantes, os airbags foram instalados no teto do carro, e a alavanca da caixa de câmbio foi substituída por botões colocados no painel e “borboletas” no volante. Estas inovações ainda não estão definidas para o modelo de série.

O Cactus oferece o sistema “Airbumps” nas laterais e em redor dos pára-choques. Além de quebrar a monotonia dos painéis de aço, estas cápsulas cheias de ar foram projetadas para absorver pequenos impactos, como os de carrinhos de supermercado e portas de outros carros. Inovação que vai passar para o carro de produção.

O propulsor do concept Cactus é o HybridAir, a novidade do grupo PSA, que utiliza um motor a gasolina assistido por um sistema de ar comprimido, mais um motor hidráulico, para ajudar na movimentação do veículo. Tudo isto permite consumo que a Citroën garante estar acima dos 33 km/litro. Sendo ainda muito caro para a produção em série, o modelo receberá mesmo o sistema Hybrid4 do grupo PSA.

A Citroën apresentou no Salão de Frankfurt de 2011 o C-Cactus, que alguns interpretaram como o regresso do jipe Méhari. Mas isso não era verdade, e o conceito desapareceu, pois os interessados afirmaram em pesquisas que o modelo era muito espartano e simples. Isso indicou que aceitavam o estilo minimalista, mas não abriam mão de conforto e equipamentos.


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