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Rússia ressuscitará a Moskvich na fábrica que era da Renault

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No momento em que a Rússia é assombrada com o isolamento imposto pela comunidade internacional, e até mesmo os fabricantes de automóveis estrangeiros -que sempre relutam em largar o osso- já deixaram já o país, surge a notícia de que, em Moscou, o governo local prepara-se para ressuscitar a marca a Moskvich. E até já tem até uma fábrica pronta para isso!

Marca russa fundada nos anos 1930, mas que acabou fechando as portas em 1988, a Moskvich prepara-se, assim, para reencarnar e voltar à vida. Desta vez com o apoio do poder político e, mais concretamente, do presidente da Câmara de Moscou, Sergei Sobyanin. Segundo ele, a Moskvich deverá retomar atividade já em dezembro, recorrendo, para isso, a uma unidade fabril que pertenceu à Renault.


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Depois de ter estado sob a ameaça da nacionalização, solução que acabou sendo descartada uma vez que o fabricante francês decidiu vender as instalações, a fábrica foi rebatizada com o nome de “Fábrica de Automóveis Moskvich” e deverá recomeçar a produzir os modelos da marca russa.

Em declarações à agência noticiosa russa Interfax, Sobyanin reconheceu que “a indústria automotiva russa registrou forte queda este ano, no entanto espero que com a ajuda do Ministério da Indústria e Comércio, possamos voltar com a produção na fábrica da Moskvich, já em dezembro”. Já do lado dos novos responsáveis da fábrica, que se encontrava parada há cerca de seis meses, as expectativas são de que seja possível retomar a produção, fabricando um total de 600 carros até ao final do ano. Isso inclui, 200 veículos elétricos.

Já para 2023, a meta passa pela produção total de 50.000 veículos, graças também a um investimento que, nesta fase inicial, deverá atingir os US$ 80 milhões, provenientes tanto da prefeitura de Moscou, como de outro fabricante russo, a Kamaz.

Bom recordar que a fábrica que vai passar a produzir os modelos da Moskvich, era propriedade da AvtoVAZ, joint-venture na qual a Renault era acionista majoritária, e tinha como missão produzir alguns dos modelos Renault e Nissan destinados aos mercados russo e de Leste Europeu.

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Contudo, com a invasão da Ucrânia pela Rússia, a que se seguiu a imposição de sanções da comunidade internacional ao regime liderado por Vladimir Putin, o fabricante francês acabou sendo forçado -também devido às ameaças de nacionalização- a vender a sua participação na empresa, ao instituto russo de pesquisa automotivo NAMI, por um valor não mais que simbólico: US$ 1.

Ainda assim, e segundo foi noticiado na época, a Renault terá ficado com a opção de recomprar a sua participação nos próximos seis anos. Algo que, com a decisão agora divulgada, se tornou muito difícil…


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