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TEST DRIVE: MERCEDES-BENZ C250 SPORT CGI

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A Mercedes-Benz está vendendo no Brasil, há quase um ano, algumas versões dos Classe C e E equipadas com o motor 250 CGI (Charged Gasoline Injection). Apesar do 250 na identificação, estes motores são 1.8, de quatro cilindros em linha, com turbocompressor e injeção direta de gasolina -pequenas obras-primas da mecânica alemã. Na versão chamada de 250, a potência máxima é de 204 cv a 5.500 rpm, e o torque máximo de 31,6 mkgf de 2.000 a 4.300 rpm.

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 AUTO&TÉCNICA avaliou o C250 CGI Sport, que começou a ser vendido no início de 2013, que custa R$ 179.900. Esta versão fica em posição intermediária na linha C, entre o 200 e o 300. O modelo traz muitas das melhorias introduzidas nos carros da marca pelo programa Blue Efficiency, para redução de consumo e de emissão de gás carbônico (CO2) por consequência.

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Até o arrasto aerodinâmico dos espelhos retrovisores e a melhora do fluxo de ar que passa sob o carro são considerados, e respondem por 1,2% de economia. O total de economia conseguida é de 12,1%, pois mais 4,7% vêm de ajustes no motor; 2,2% do alongamento da transmissão; 2,4% do gerenciamento de itens periféricos, como alternador e direção assistida, e 1,6% de pneus com menor resistência ao rolamento.

NO SILÊNCIO 

Rodando com a C250 numa estrada, o motor é silencioso e mostra toda sua energia quando passa das 4.500 rpm. Um som entusiasmante. A potência específica é elevada (de 113,6 cv/litro) e mostra o quanto de tecnologia ele traz, com turbocompressor, injeção direta e quatro válvulas por cilindro com variador de tempo de abertura.

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O C 250 CGI Sport não é bobinho, pelo contrário. Acelera de zero a 100 km/h em 7,4 segundos e chega aos 240 km/h de velocidade final. Comparando com o C200 CGI, a vantagem é boa, pois com o mesmo motor (mas de 184 cv), vai de zero a 100 km/h em 8,2 segundos e atinge 232 km/h de velocidade máxima.

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Quem compra Mercedes-Benz não está preocupado com consumo, ou no mínimo finge não estar. Em todo caso, o consumo médio combinado cidade/estrada pela Mercedes-Benz é de 12,6 km/litro de gasolina a 13,9 km/litro. Durante a nossa avaliação, ficou na média de 9,5 km/litro, o que também é razoável para um carro que pesa 1.505 kg.

TRANSMISSÃO

O C 250 Sport usa com câmbio automático de cinco marchas –já um pouco superado, apesar do funcionamento impecável- com três modos de uso (econômico, esportivo e manual) e trocas de marcha por borboletas junto ao volante ou na alavanca. Na função “econômica” é claro que o carro perde um pouco de agilidade, em especial nas retomadas de velocidade, e por isso deve ser aplicada preferencialmente em trânsito urbano ou congestionado.

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Na opção “esportiva”, que combina mais com o que se espera do carro, o sistema de engates permanece automático, mas é mais rápido nas respostas.  Por fim o modo “manual”, ideal para quem quer abusar mais do motor e suas possibilidades.

Como toda Mercedes-Benz, a suspensão tem calibragem mais firme, mas que não compromete o conforto. As rodas são aro 17, com medidas de pneus diferentes entre o eixo dianteiro e o traseiro (225/45 e 245/40). O conjunto suspensões/rodas/pneus garantem muita estabilidade e deixam o C 250 bem equilibrado e estável. Contando ainda com controle de tração e de estabilidade, a sensação de muita segurança é perfeita. Os freios são com discos ventilados na frente e sólidos na traseira.

INTERIOR 

O Classe C não é um carro grande, mas o espaço interno é bem aproveitado, além do acabamento ser “nível Mercedes”, ou seja, impecável e com materiais de qualidade. Pode procurar algum defeito, que não vai achar. Afinal, é isso que faz o diferencial da marca. Uma vez instalado junto ao volante, a vontade é de ficar rodando, mesmo sem destino, para “saborear” o que a marca oferece.

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Entre os itens de série, seis airbags (frontais, laterais e do tipo cortina), apoios de cabeça ativos nos bancos dianteiros, teto solar com acionamento elétrico, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, conjunto óptico da AMG com faróis bi-xenônio, rodas AMG aro 17, detalhes de aço escovado no console e alavanca de câmbio de alumínio polido.

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O ar-condicionado é automático com três ajustes diferentes de temperatura, dois para a frente e o outro para a traseira. Os bancos são confortáveis e firmam bem o corpo. Os da frente contam com ajustes elétricos, enquanto o volante traz regulagens (elétricas, claro) de distância e inclinação. O cruise control é acionado por meio de uma pequena alavanca atrás do volante, fácil de usar, da mesma forma que os controles de áudio e telefone no volante.

OPÇÕES 

O Classe C não traz de série GPS, mas é possível ativá-lo nas concessionárias da marca. Em relação aos revestimentos internos, corretos e com materiais de qualidade, o feliz proprietário pode escolher a cor do couro: cinza claro, bege ou marrom. Doce dilema. Mas pode apostar, qualquer uma é muito boa.

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A Classe C passa a ter seis opções em sua linha: 180 CGI, 200 CGI Avantgarde, 200 CGI Avantgarde Sport, 250 CGI Sport, 300 Sport e 63 AMG. O downsizing que está sendo praticado hoje pela indústria —redução de cilindrada sem prejuízo para a potência e desempenho— quando feita com capricho, como nesse caso, apresenta boas surpresas. Há 10 anos não dava para esperar grande desempenho de motores 1.8, ainda mais equipando modelos com mais de 1,5 tonelada. Uma volta no quarteirão com a C250 prova exatamente o contrário.


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