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TEST DRIVE: CAOA Chery Tiggo 7 Pro

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Em 2019, a CAOA Chery lançou o SUV médio Tiggo 7, junto com o sedã elétrico Arrizo 5e, mas no final do ano passado, o SUV foi revisto e melhorado, e se transformou no surpreendente Tiggo 7 Pro GDI Turbo. Era bom, e ficou ainda melhor. O objetivo? Atrair os consumidores do Jeep Compass, espécie de referência do segmento. Muita ambição? Nada disso. O 7 Pro tem uma série de virtudes, equipamentos e tecnologia que tira o sono de qualquer concorrente, inclusive do Compass.

por Ricardo Caruso

O Tiggo 7 Pro é nacional, produzido na fábrica de Anápolis (GO). Usa a plataforma T1X –que é a mesma aplicada no Tiggo 5X e do Tiggo 8– e tem 4,5 metros de comprimento, 1,84 m de largura, 1,70 m de altura e 2,67 m de distância entre-eixos. O Jeep Compass, como comparação, mede 4,40 m de comprimento, 1,81 m de largura, 1,62 m de altura e 2,63 m de entre-eixos. Aliás, o entre-eixos é um dos melhores da sua categoria.

O modelo está nas concessionárias da marca pelo preço de R$ 193.990, em versão única e completa, exibindo um desenho muito bem resolvido e repleto de mimos que podem seduzir com facilidade os interessados. A carroceria transmite a sensação de robustez e refinamento. Por fora, a dianteira traz uma ampla grade com detalhes cromados, o belo conjunto de faróis Full LED e as DRL (luzes de circulação diurna) no para-choque, em posição vertical.

A lateral apresenta desenho elegante e bem cuidado, destacando as rodas de liga-leve com acabamento diamantado aro 18 (pneus 225/60), enquanto a traseira também traz boas soluções de estilo, com as lanternas de LEDs unidas por um friso horizontal; isso tudo remete direto ao SUV maior, o Tiggo 8. A tampa do porta-malas (com 475 litros de capacidade) tem abertura e fechamento elétricos. e tanto ela como as portas destravam e travam por aproximação ou afastamento. O espaço de carga é maior que o do Toyota Corolla Cross (440 lk) e inferior em um litro ao do Jeep Compass (476 l).



As boas dimensões do Tiggo 7 Pro asseguram conforto interno acima da média, inclusive para quem vai atrás, que tem à disposição espaço suficiente para as pernas e joelhos, e as necessárias saídas de ar condicionado e uma tomada USB.

O SUV da Chery tem uma generosa lista generosa de recursos e equipamentos: teto solar panorâmico, bancos dianteiros com ajustes elétricos, o ar-condicionado bizone com controles digitais e acionamento à distância por meio da chave presencial, carregador de smartphone por indução no console, sistema multimídia (com Android Auto/Apple CarPlay), conjunto de instrumentos totalmente digital com tela de 12,3 polegadas, câmera de visão 360 graus com a reprodução do modelo em 3D no visor, porta-objetos do console refrigerado e iluminação interna com filetes de LED .

Ao abrir a porta, uma luz é projetada no solo com a palavra “TIGGO”, som de sininhos saúdam o motorista e a sensação imediata é de luxo e bom acabamento. A cabine toda tem acabamento refinado, superfícies emborrachadas no alto do painel e couro em sua área central. O couro dos bancos combina com o dos painéis das portas, enquanto o couro perfurado está na parte central dos bancos e no volante (de base achatada e boa pega). Além disso, o Tiggo 7 Pro tem chave presencial para acesso e partida, partida por botão (ou partida remota pela chave), monitoramento de pressão dos pneus, seis airbags, controles de estabilidade e tração, modos de condução Eco e Sport , assistente de partida em rampas, assistente de descida, alertas de ponto-cego/tráfego lateral/tráfego cruzado traseiro/aproximação traseira, freio de estacionamento elétrico e sistema de áudio de qualidade, entre outros.

Debaixo do capô está o motor 1.6 turbo de injeção direta, conectado ao câmbio de dupla embreagem e sete marchas, com 187 cv de potência máxima a 5.500 rpm e torque máximo de 28 mkgf disponível entre 2.000 e 4.000 rpm. É o mesmo conjunto usado no Tiggo 8, mas numa carroceria mais leve.

‎O motor é da série ACTECO, marca de motores desenvolvida pela Chery em cooperação com a AVL, uma das três maiores empresas de pesquisa e desenvolvimento de motores a combustão interna do mundo.

‎As principais características do motor Chery F4J16 são:‎ construção leve, otimização dos coletores de admissão e escapamento, coletor de escapamento integrado, válvula termostática eletrônica e DVVT (comando de válvulas variável na admissão e escapamento). O motor 1.6T da Chery tem uma ‎‎eficiência térmica de 37,1%‎‎. ‎A média da eficiência dos motores de ciclo Otto fica entre 25 e 30%…

‎O motor usado no Tiggo 7 Pro é o F4J16. Há duas versões do motor Chery F4J16, a normal (F4J16) e a de alto desempenho (F4J16B). Os seus números são muito atraentes e podem ser comparados até mesmo com outros motores 2.0T, como Mercedes-Benz GLA 2.0T, BMW X1 2.0T e Audi Q3 2.0T. Ele é mais potente e tem mais torque que M270 1.6 da Mercedes-Benz, o B38 1.5 da BMW, o L15BM 1.5 da Honda e o EA888 1.8 da Volkswagen‎

‎O motor Chery trabalha sempre de maneira silenciosa e sem vibrações. Para enfrentar a questão de ruído do motor, é usada corrente especial, coletor de escapamento integrado e outros componentes, reduzindo efetivamente o nível ruído e a interferência no interior da cabine.‎ O baixo de nível de ruído a bordo também é mérito do bom isolamento acústico do interior.

‎Com 1.489 kg e relação peso/potência de 7,96 kg/cv, o Tiggo 7 Pro não decepciona em acelerações e retomadas, responde sem vacilos ao pedal do acelerador; acelera de zero a 100 km/h em bons 8 segundos, marca muito boa. Tudo está tão bem calibrado que, a 100 km/h constantes, o conta-giros marca apenas 2.000 rpm, o que ajuda no baixo nível de ruído e no consumo de 9,8 km/litro (urbano) e 12 km/litro (estrada) de gasolina; Tiggo 7 Pro por enquanto não é flex e usa apenas gasolina. Uma curiosidade interessante: o conta-giros não é de ponteiro, e a informação das rotações é feita por números, o que facilita a vida do motorista.

 A direção é assistida de maneira elétrica, com peso correto e respostas precisas. Os modos de condução são ECO e Sport. O primeiro focaliza a melhor relação consumo/eficiência, e o segundo configura o modelo para o máximo desempenho. 

A estabilidade e conforto são ajudados pelas suspensões McPherson no eixo dianteiro e multilink atrás, ajustadas para as condições brasileiras. O conjunto recebeu nova calibragem de molas, amortecedores e batentes. Esse ajuste permite enfrentar as curvas com baixo rolling da carroceria. A altura em relação ao solo é de 17,3 cm, e os ângulos de entrada e de saída são de 21º e 27º.


CONCLUSÃO
O CAOA Chery Tiggo 7 Pro é tudo aquilo que sua publicidade apregoa. Foi uma ótima surpresa, é realmente repleto de muitas qualidades e apenas um ou outro ponto ainda pode ser melhorado. Traz bons argumentos para conquistar clientes da concorrência, tem preço competitivo e não faz feio no segmento dos SUVs médios. Pelo contrário, é uma referência que não deve ser desprezada. Isso além de oferecer três anos de garantia para o carro completo e cinco para motor e câmbio. Ao pensar em um SUV médio, não deixe de pensar no Tiggo 7 Pro.



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